O AAS, também conhecido como Aspirina, pode ser usado durante toda a gravidez. O medicamento auxilia na irrigação da placenta, atuando de forma semelhante ao endométrio, evitando os inconvenientes da gravidez, que podem levar  ao parto prematuro. O médico deve monitorar o curso da gravidez para decidir se deve ou não interromper a medicação.
ao parto prematuro. O médico deve monitorar o curso da gravidez para decidir se deve ou não interromper a medicação. 
AAS na Gravidez Causa Sangramento? Existe o Risco de Complicações Hemorrágicas? 
O Que Podemos Ver em um Estudo de Coorte de Base Populacional Sueco?
Abaixo veremos os dados de um Estudo realizado na Suécia.
O Estudo foi baseado em um Registro Sueco de Gravidez com 313.624 mulheres que deram à luz entre janeiro de 2013 e julho de 2017. A regressão logística foi usada para avaliar o risco de hemorragia pré-parto, intraparto e pós-parto. Desse modo, um escore de propensão e ponderação de tratamento de probabilidade inversa foi usado para gerar uma Razão de Chances que corrige diferenças nas características basais.
Resultados do Estudo
MÉTODOS:
- Estudo de coorte baseado em registro para saber se o aas na gravidez causa sangramento.
- Fontes de dados
- Registro Sueco de Gravidez
 - Combina dados coletados prospectivamente (desde a primeira consulta pré-natal até o acompanhamento pós-parto)
 
- Participantes
- Entrega entre janeiro de 2013 a julho de 2017
 
- Exposição
- Uso autorrelatado de aspirina em qualquer momento da gravidez
 
- Design de estudo
- Os autores usaram regressão logística para avaliar o risco de hemorragia
- Anteparto, Intraparto e Pós-parto
 
 - A razão de chances (OR- Sigla Inglesa para odds ratios ) foi calculada e ajustada para fatores de confusão
 
- Os autores usaram regressão logística para avaliar o risco de hemorragia
- Resultado primário
- Complicações hemorrágicas registradas em registros de pré-natal ou parto
 
Agora que chegamos até aqui, vamos ver se o AAS na gravidez causa sangramento, de acordo com os resultados abaixo.
RESULTADOS:
- De antemão o Estudo teve um total de 313.624 mulheres deram à luz durante o período do estudo
- Uso de aspirina durante a gravidez: 1,3%
 
Anteparto
- Assim o uso de aspirina não foi associado a complicações hemorrágicas durante o período pré-parto
- ajustado OR: 1,22 (IC 95%, 0,97 a 1,54)
 
Intra parto
- Desse modo a aspirina foi associada a uma maior incidência de hemorragia intra parto (casos de placenta prévia e descolamento foram excluídos das análises)
- Usuários de aspirina: 2,9%
 - Não usuários: 1,5%
 - A (OR) 1,63 (IC 95%, 1,30 a 2,05)
 
Pós-parto
- PPH
- Usuários de aspirina: 10,2%
 - Não usuários: 7,8%
 - aOR 1,23 (IC 95% 1,08 a 1,39)
 
- Como resultado aspirina foi associada a risco aumentado de hematoma pós-parto
- Usuários de aspirina: 0,4%
 - Não usuários: 0,1%
 - a OR 2,21 (IC 95%, 1,13 a 4,34)
 
Neonatal
- O risco de hemorragia intracraniana neonatal também aumentou com o uso de aspirina (ajustado para idade gestacional no parto e conforme o tipo de parto)
- Usuários de aspirina: 0,07%
 - Não usuários: 0,01%
 - A Razão de Chances (OR) 9,66 (IC 95%, 1,88 a 49,48)
 
Nota: Logo a maior incidência de sangramento associado ao AAS foi encontrada em mulheres com parto normal e não cesariana.
AAS na Gravidez Causa Sangramento?
Existe uma ligação entre o uso do AAS na gravidez e o aumento do risco de complicações hemorrágicas?
- Em mulheres que deram à luz por via vaginal, o uso de aspirina durante a gravidez teve como resultado um risco aumentado de hemorragia intra e pós-parto, bem como sangramento intracraniano neonatal
- Os autores reconhecem a limitação de que a dose de aspirina não foi registrada
- Ainda assim, as diretrizes suecas recomendam 75 mg de aspirina diariamente após 12 semanas para prevenção de pré-eclâmpsia prematura
 - Portanto, a suposição é que a maioria dos usuários de aspirina nesta coorte estaria tomando uma dose de 75 mg por dia.
 
Afinal, o AAS na gravidez causa sangramento?
Em conclusão, podemos dizer que o uso do AAS durante a gravidez foi associado ao aumento do sangramento pós-parto e hematoma pós-parto. Além disso, também pode estar associada a hemorragia intracraniana neonatal.
Nesse sentido cabe ao Médico responsável pelo tratamento avaliar o que é mais indicado para a gestante. Os riscos precisam ser ponderados em relação aos benefícios potenciais.
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